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Negros ainda sofrem com racismo nos gramados

21.3.12 |


Dedé sofreu racismo no jogo contra o Libertad no Paraguai
(Foto: Divulgação Site do vasco)
Na última quarta-feira (13), o Vasco enfrentou o Libertad no Paraguai em jogo válido pela 3º rodada da Taça Libertadores. O jogo terminou em 1x1, entretanto um episódio a parte que chamou a atenção e provocou revolta na torcida vascaína, foi o fato dos zagueiros do time de São Januário, Dedé e Renato Silva sofrerem ofensas racistas da torcida do clube paraguaio durante toda a partida e ficaram bastante abalados. Renato Silva pouco falou sobre o assunto, mas Dedé declarou abertamente à imprensa que não é fácil ser chamado de macaco o tempo todo.


Infelizmente casos de racismo no futebol não são novidades e devem estar longe de acabar. Esse foi apenas o último registrado, e também não é exclusivo do Paraguai, mas já aconteceu várias vezes aqui no Brasil e também na Europa. As ofensas já partiram de todas as partes possíveis: técnicos, jogadores, dirigentes e torcidas.

Casos de racismo no futebol 

O lateral francês Patrice Evra, do Manchester United foi chamado de nigger pelo atacante uruguaio Luis Suárez, do Liverpool. Uma palavra extremamente pejorativa para se referir a um negro. A situação esquentou entre os dois jogadores. Quando os dois se encontraram em uma outra partida, Suarez pulou Evra no momento dos cumprimentos. Lamentável!


O ex-zagueiro Antônio Carlos esfregou os dedos no braço enquanto olhava para o volante Jeovânio, do Grêmio, em uma partida do Campeonato Gaúcho de 2006, quando jogava no Juventude e pegou 120 dias de suspensão. O jogador depois virou treinador, e conviveu com esse mancha em sua carreira em vários momentos. 


O atacante Grafite, quando ainda jogava pelo São Paulo, foi xingado de "negro de merda" e "macaquito" pelo zagueiro Desábato, que jogava no Quilmes, da Argentina, em uma partida pela Libertadores de 2005. Na ocasião, o jogador do Tricolor empurrou a cara do adversário e foi expulso, enquanto o defensor teve sua prisão decretada ainda no gramado do Morumbi e ficou detido por dois dias em uma delegacia.

O lateral Roberto Carlos sofreu com racismo quando foi jogar na Rússia. Em março de 2011, a torcida do Zenit atirou bananas em sua direção, o tratando como um "macaco". A situação se repetiu mais de uma vez. Roberto Carlos chegou a abandonar uma partida devido às ofensas.



O camaronês Samuel Eto'o, sofreu com o racismo quando atuou pelo Barcelona da Espanha e pela Inter de Milão na Itália. O jogador foi provocado por torcedores adversários, que imitavam gestos e sons de macacos. O camaronês foi um dos atletas que mais sofreu com o racismo nos últimos tempos. 




No Brasil, o racismo é camuflado, não é mais tão as claras como antigamente, mas ainda existe e isso precisa mudar. Não só no Brasil, mas em várias outras nações, inclusive as europeias, onde os habitantes se consideram mais educados. Não parece! É preciso dizer não ao racismo no futebol, mas fica difícil quando o próprio presidente da poderosa Fifa, Joseph Blatter, afirma que ofensas devem ser esquecidas com um aperto de mão. Aí complica! É preciso de punições severas da Fifa e maior investimento em educação dos países, para esse quadro mudar.  

Em 1924 o Vasco já tinha negros no elenco
(Foto: Reprodução NetVasco)

E dessa vez as ofensas aconteceram contra jogadores do vasco. Logo o time da Colina que carrega em sua história o exemplo de ser o primeiro time do país a ter jogadores negros em seu elenco. Na partida desta quarta (21), o Vasco recebe o Libertad em São Januário e a torcida já prepara protesto contra as ofensas racistas. mai que justo. A partida é uma ótima oportunidade para os zagueiros do Vasco mostrarem na bola a resposta para os paraguaios.

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