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Andrade: Exemplo de amor pelo clube. |
Pode parecer clichê quando, no futebol, falamos em amor pela camisa, pelo clube. Talvez para os torcedores sim, mas em um futebol movido a dólares é difícil garantir um grupo fechado comprometido com o clube, mais do que isso até, que sentem amor incondicional de torcedor pelo clube. Quando temos esse ingrediente, o sucesso da receita é certo.
Podemos comprovar esta tese a começar pelo Flamengo campeão brasileiro em 2009, que tinha em seu comando nada mais nada menos que Andrade, ídolo como jogador pelo clube e que fez parte da geração mais vitoriosa da história do clube. E o que falar de Adriano e Petkovic, rubro-negros declarados, principais jogadores daquele time.
Passamos pelo Santos de 2010, marcado pelo futebol solto e alegre da molecada revelada na Vila, comandados pelo "experiente" Robinho. Me arrisco a dizer, o melhor time brasileiro dos últimos 10 anos. E Neymar? Proposta irrecusável do Chelsea, com êxito, bancou sua permanência e agora colhe os frutos com a final da Libertadores e o destaque na Seleção. Isso é amor pela camisa!
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Dinamite: Ídolo como jogador, sucesso como presidente. |
O Fluminense também vivenciou algo parecido, com a salvação heróica do rebaixamento em 2009, o que ajudou a fortalecer o grupo, juntando com o sucesso garantido de Muricy, papou o título brasileiro de 2010. Era um time unido naquele momento, que caminhava junto com a sua torcida.
O exemplo mais recente é o Vasco da Gama. A começar pelo seu presidente, maior ídolo da história do clube, que me parece querer realmente o bem do Vasco. Conquistou com méritos a Copa do Brasil com um grupo incrível que demonstrou o tempo todo o tão falado amor pelo clube que somados ao esquema de jogo implantado por Ricardo Gomes garantiu o sucesso.
O que eu quero dizer com estes exemplos, é que não basta grandes investimentos, no chato futebol moderno, precisamos de homens com caráter, no comando e em campo, que joguem juntos com a torcida, que se emocionem, que se arrepiem. Quem sintam a vontade de fazer milhares de pessoas felizes, que não se vendem fácil para um mercado europeu. Amor pela camisa, como sentimos na Copa do mundo, é disso que precisamos para o futebol ficar cada vez mais agradável.