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Neymar ficou entre os 23 melhores na eleição da FIFA. |
Após a final do Mundial Interclubes entre Santos e Barcelona, veio a tona o que já era motivo de discussão entre quem acompanha de perto o futebol. A diferença entre o futebol jogado no Brasil (e na América do Sul) e o Europeu. Sobre isso, ouvi e li várias análises, algumas até absurdas.
Alguns dizem que abismo é econômico. Todos nós que acompanhamos diariamente telejornais, vemos que a Europa passa por uma crise, a crise do Euro e essa tal crise afeta dois dos principais centros esportivos europeus, Itália e Espanha. Já o Brasil observa de longe a crise, tem facilidade para atrair investimentos privados com a sua exagerada taxa de juros. Consegue pagar ótimos salários a seus atletas e recentemente teve Neymar atuando no Brasil entre os 23 melhores do mundo.
Temos condições de pagar salários compatíveis ao que se paga lá, mas não conseguimos atrais os melhores jogadores e nem segurar a maioria dos jogadores que surge nas categorias de base. O garoto aqui já nasce sonhando em jogar na Europa, não dá pra segurar. Uma Champions League atrai os olhares do mundo, todo mundo assiste, quem é jogador sonha um dia poder disputar.
Tudo isso pode levar a crer que a diferença entre o Futebol Brasileiro e Europeu é o modelo de organização. Aqui temos a falida Commebol e o pífio Ricardo Teixeira e a sua CBF com seu calendário absurdo. Temos clubes sem CT, estádios sem gramados adequados, categoria de base aos ventos, dirigentes amadores e por aí vai. Será que é aí que está o problema?
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Ronaldinho voltou ao Brasil e recebe um alto salário. |
Não podemos analisar o futebol brasileiro por uma partida do Mundial de Clubes nem quando se ganha e nem quando se perde. Devemos extrair modelos para gerir o futebol baseado no que fazem na Europa. A diferença não pode ser baseada entre o jogo Santos e Barcelona, simplismente por que é o Barcelona, um time que fez 3 x 1 brincando no 2º melhor time do mundo, o Real Madrid. Devemos observar o que é feito nas categorias de base, o trabalho para manter o jogador no clube, pra criar uma identidade com a entidade e principalmente formar cidadãos.
Portanto, temos condições econômicas para, pelo menos, manter nossos craques jogando aqui. Mas falta o trabalho de base, de infraestrtura, pois futebol, sabemos não começa quando o juíz apita e nem termina quando o juíz acaba, vai muito além, e com profissionalismo e boa gestão podemos chegar lá, mas deve haver total reestruturação, porque do jeito que está é complicado almejarmos vôos maiores.