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A Copa do Mundo de 2014 e a desigualdade social no Brasil

30.3.12 |


Copa do Mundo no Brasil: Pão e circo.
O Brasil é claramente um país onde a prioridade não está expressa nas necessidades de seu povo. Digo isso porque somos a sétima potência econômica mundial, e muitos alienados pelo que ouvem da mídia e do Governo se gabam por esta colocação. Porém, somos a 88º colocado em educação e o terceiro pior do mundo em desigualdade social. Algo está errado.

Com um olhar crítico sobre estes dados, tiramos a conclusão que a Copa do Mundo não é um bom negócio para o povo brasileiro, é claramente uma política de pão e circo. A Copa do mundo não resolve em nada em nada os problemas sociais do país, talvez aumente a auto-estima de alguns, mas felizes mesmo ficarão os principais beneficiários do evento: Empresas privadas licenciadas, patrocinadores, políticos, FIFA e CBF.



Poderíamos resolver o problema de saneamento, melhorar a educação e combater a fome. Pesquisas indicam que a Copa ajudou a melhorar a economia do país-sede, mas como comemorar isso em um país que possui dados como o nosso? Dá para acreditar? Lógico que não! A nossa política está voltada para a iniciativa privada com intuito de atrair investimentos que não beneficiam a população.

Discutem o que farão com os estádios no pós-copa, parece inacreditável. Discutem isso devido ao fato de parte das sedes estaduais escolhidas não serem grandes centros do futebol brasileiro e certamente virarão casas de espetáculos para suprir o dinheiro gasto ou se tornarão elefantes brancos como o Soccer City na África do Sul.


Outro exemplo de má escolha de prioridades, é a Lei Geral da Copa. Nossas autoridades se preocupam discutir a venda ou não de bebidas alcoólicas nos estádios, muitos deles sem nem saber do que se trata os outros tópicos do texto, como por exemplo o confuso trecho que diz que a FIFA e os entes federados "poderão celebrar" acordos para viabilizar o acesso e a venda de ingressos entre os portadores de deficiência. E o que vimos ser noticiado nos meios de comunicação é que os portadores de deficiência terão direito a 1% dos ingressos. Somos tão imbecis ao ponto de não possuirmos a qualidade de interpretar um tópico de um texto?

Joseph Blatter é o presidente da FIFA.
(Foto: Site da FIFA)
O que parece é que a FIFA está acima de tudo e todos devido a realização da Copa no Brasil. Manda e desmanda e nós abaixamos a cabeça e obedecemos. É o imperialismo dos tempos modernos, movido por acordos que beneficiam o explorador. A entidade tem o poder de mudar as leis do país, é capaz de fazer a comercialização de bebidas alcoólicas nos estádios algo legal.

Ao final da Copa, a FIFA, a CBF e as empresas patrocinadoras estarão com os cofres cheios, virarão as costas para um país que ao invés de melhorar sua posição no ranking da desigualdade, prefere submeter seu povo a este estupro. A piora da desigualdade certamente será o maior legado da copa para a nossa sociedade. 

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